A
acomodação diante da explicitação da censura em âmbito nacional decai cada vez
mais o senso critico da população. A arma midiática controlada pelo governo
aliena, massificando o povo brasileiro, tornando-o manipulável para fins de
interesses próprios. Induzida, a ideia de senso comum
tem se apropriado dos intelectos da sociedade, sem filtros e muitas vezes sem
nenhum embasamento, apenas por osmose ou um QI, o famoso “Quem indica”, melhor
dizendo “Quem falou”, transformando-se em verdades e imaginários nacionais.
Esse
processo se viabiliza em cima da precariedade do sistema de educação vigente no
Brasil, devido aos interesses sociopolíticos e econômicos que
regem a ordem capitalista, onde não é promissor uma sociedade consciente de
seus direitos e deveres constitucionais. Problemática esta, que transformou o
país em um cenário de reivindicações sindicalistas, dando destaque aos
profissionais acadêmicos, que em uma luta desesperada pela valorização dos
responsáveis pela formação básica e profissional dos cidadãos, constroem uma
marca na historia, que esta sendo abafada pelo governo.
Na
Bahia a greve dos professores estaduais, deflagrada em oito de abril, já se
perdura por mais de oitenta dias, que protestam o não cumprimento da Lei
11.738/2008, que estabeleceu o Piso Salarial Nacional para os professores, sancionada pelo ex-presidente Lula, e que hoje seria
equivalente a um aumento salarial de 22,22%. Uma batalha que, covardemente,
esta sendo criminalizada no plano social, devido à atuação do governo em
opressão ao movimento. Propagandas midiáticas desmoralizando e condenando esses
profissionais estão no ar em rede local. Medidas de contorno foram lançadas
para garantir a não inviabilização do ano letivo. Entre elas o projeto de
aulões milagrosos para alunos cursando o terceiro ano do ensino médio, onde
a promessa é o suprimento da demanda do ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio) em vinte e quatro encontros marcados aos sábados, lembrando sábado como
dia útil de trabalho onde muitos não poderão comparecer.
A
aula de inauguração foi ministrada pelo "Professor" Jorge Portugal (responsável pela empresa Abaís
Conteúdos Educativos e Produção Cultural Ltda. que através de um contrato
milionário com dispensa de licitação realizara os encontros) na qual afirmou que com os aulões o ensino publico fica no
0x0 com o ensino particular, em meio a musica e piadas, a construção de
uma mascara em cima dos problemas do ensino publico foi se consolidando.
Entretanto neste mesmo evento não foi divulgado o corte do salário de todos os
professores incluindo os já aposentados, foi esquecido também à situação
precária das infraestruturas escolares, carência de materiais e mínimas
condições de trabalhos “justificadas” pela falta de verba, que não foi
demonstrada nesse primeiro “espetáculo”.
Esse é apenas mais um exemplo da ditadura governamental em
que vivemos e a farsa da liberdade de expressão que está bem longe da
civilização brasileira. Todos os meios de comunicação em massa são controlados
pela elite burguesa que leva em sua sombra um filtro socioeconômico para a
afirmação de seus interesses. Não se pode apenas absorver o que é cuspido
pela rede midiática, é preciso o desenvolvimento do senso critico criando uma
barreira para manipulação intelectual.
Rodrigo
Chetto